A Vida em Surdina, David Lodge
''Um dos melhores romances do ano segundo a revista Lire Finalista do Commonwealth Writers’ Prize 2009.
Quando decide pedir a reforma antecipada, o professor universitário Desmond Bates nunca pensou vir a sentir saudades da azáfama das aulas. A verdade é que a monotonia do dia-a-dia não o satisfaz. Para tal contribui também o facto de a carreira da sua mulher, Winifred, ir de vento em popa, reduzindo o papel de Desmond ao de mero acompanhante e dono de casa. Mas o que o aborrece verdadeiramente é a sua crescente perda de audição, fonte constante de atrito doméstico e constrangimento social. Desmond apercebe-se de que, na imaginação das pessoas, a surdez é cómica, enquanto a cegueira é trágica, mas para o surdo é tudo menos uma brincadeira. Contudo, vai ser a sua surdez que o levará a envolver-se, inadvertidamente, com uma jovem cujo comportamento imprevisível e irresponsável ameaça desestabilizar por completo a sua vida.''
Há uns tempos li O Museu Britânico Ainda Vem Abaixo, de David Lodge, e foi amor à primeira vista. A minha cara: retrato social (e a sociedade britânica dá cabo de mim!) puro e duro, com o ambiente académico metido ao barulho; enfim, tudo para ser perfeito.
Agora comecei A Vida em Surdina. Só os trocadilhos linguísticos já valem a pena (o título original é Deaf Sentence!). Apesar de ter lido apenas umas escassas 50 páginas já me apaixonei de novo. David Lodge arrisca-se seriamente a conquistar um lugarzinho de topo no meu coração e na minha biblioteca.
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