29 de junho de 2009

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A Vida em Surdina, David Lodge

''Um dos melhores romances do ano segundo a revista Lire Finalista do Commonwealth Writers’ Prize 2009.
Quando decide pedir a reforma antecipada, o professor universitário Desmond Bates nunca pensou vir a sentir saudades da azáfama das aulas. A verdade é que a monotonia do dia-a-dia não o satisfaz. Para tal contribui também o facto de a carreira da sua mulher, Winifred, ir de vento em popa, reduzindo o papel de Desmond ao de mero acompanhante e dono de casa. Mas o que o aborrece verdadeiramente é a sua crescente perda de audição, fonte constante de atrito doméstico e constrangimento social. Desmond apercebe-se de que, na imaginação das pessoas, a surdez é cómica, enquanto a cegueira é trágica, mas para o surdo é tudo menos uma brincadeira. Contudo, vai ser a sua surdez que o levará a envolver-se, inadvertidamente, com uma jovem cujo comportamento imprevisível e irresponsável ameaça desestabilizar por completo a sua vida.''


Há uns tempos li O Museu Britânico Ainda Vem Abaixo, de David Lodge, e foi amor à primeira vista. A minha cara: retrato social (e a sociedade britânica dá cabo de mim!) puro e duro, com o ambiente académico metido ao barulho; enfim, tudo para ser perfeito.
Agora comecei A Vida em Surdina. Só os trocadilhos linguísticos já valem a pena (o título original é Deaf Sentence!). Apesar de ter lido apenas umas escassas 50 páginas já me apaixonei de novo. David Lodge arrisca-se seriamente a conquistar um lugarzinho de topo no meu coração e na minha biblioteca.

25 de junho de 2009

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Há umas semanas chegou-me às mãos Se Isto É Um Homem, de Primo Levi.
Nascido no seio de uma família judia liberal, Primo Levi licenciou-se em Química em 1941, tendo sido tornado prisioneiro em Auschwitz pouco tempo depois.
Se Isto É Um Homem é o conjunto de memórias que achou que o Homem não deveria deixar cair no esquecimento.
Sem palavras.

Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casas aquecidas,
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece a paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não.
Considerai se isto é uma mulher,
Sem cabelo e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no Inverno.
Meditai que isto aconteceu:
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração
Estando em casa, andando pela rua,
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou que desmorone a vossa casa,
Que a doença vos entrave,
Que os vossos filhos vos virem a cara.

(in Se isto é um homem, tradução de Simonetta Cabrita Neto)

15 de junho de 2009

Rudo y Cursi


Fã acérrima de Y Tu Mama También e
, claro está, do grande Gael, mal ouvi falar de Rudo y Cursi decidi saber mais acerca do filme e da história. Ainda não vi, mas a julgar pelo site, um dos melhores que já vi, só pode estar no mínimo maravilhoso.


3 de junho de 2009